Em 2017
Thronebreaker foi anunciado como uma campanha singleplayer de Gwent: The
Witcher Card Game. No entanto, a campanha ficou maior e mais ambiciosa que o
esperado, o que fez a CDPR transformá-la em um jogo próprio. O jogo foi
anunciado neste ano e foi lançado para PC no dia 28 de outubro.
Ele traz uma
mistura de Gwent: The Witcher Card game e da série The Witcher, mesclando jogo
de cartas com decisões impactantes e uma história densa. Apesar de ser uma
união estranha, a empresa polonesa acertou em cheio, conseguindo transformar um
simples jogo de cartas em algo único e divertido. Dividimos nossa review em
duas partes: uma mais técnica, contendo o que o jogo oferece e a outra, uma
análise, com nossa opinião.
A História
Em
Thronebreaker: The Witcher Tales você segue os passos de Meve, a rainha de
Lyria e Rivia. Após participar de um encontro com os outros governantes do Norte
para discutir a guerra com Nilfgaard, Meve volta para seu reino. No meio do
grande conflito, a II Guerra de Nilfgaard, Meve deve buscar novos aliados e
recursos, fortalecer seu exército e combater as forças de Nilfgaard. A busca
pela libertação de Lyria e Rivia, e pela vingança, leva o jogador para quatro
diferentes reinos, em 5 mapas e 1 prólogo.
Cúpula dos Reinos do Norte |
A Rainha Meve é mencionada nos livros como sendo uma rainha corajosa e valente, tendo levado uma guerra de guerrilha contra os nilfgaardianos que teve seu ápice na Batalha da Ponte do Yaruga (um ponto muito importante dos livros). O jogo explora essa parte da história da II Guerra Nilfgaardiana, ampliando a narrativa e expandindo o personagem da Rainha Meve.
Existem também
diversos personagens com os quais Meve pode contar como aliados. Todos têm sua
própria história e o desenrolar da jornada da rainha pode fazer com que esses
personagens fiquem ou sigam outro rumo.
Gameplay
Thronebreaker
mescla a jogabilidade de um RPG isométrico (como Diablo II ou Baldur’s Gate)
com o sistema de cartas de Gwent. Enquanto a exploração é feita de cima
(isométrico) os combates são decididos no Gwent. No comando de
Meve, você não só explora os mapas para prosseguir na história, mas também para
conseguir recursos, como ouro e madeira, e recrutas para seu exército. Esses
recursos podem ser utilizados para melhorar o acampamento e seu exército e para
recrutar novos soldados para sua causa. Isso tudo pode ser feito no
acampamento, que pode ser acessado a qualquer hora durante a exploração. Ao
longo da jornada, diversas sidequests e interações ficam disponíveis, podendo o
jogador decidir se as aceita ou não e quais serão as ações de Meve. Nestes
momentos, muitas vezes a visão isométrica dá lugar a uma narração ou a um
diálogo da situação. São oportunidades para entender mais da história e dos
problemas dos lugares e do mundo de The Witcher e para ganhar (ou perder)
recursos. Também é possível ganhar novas cartas e itens para Gwent (títulos de
jogador, avatares e cartas premium).
Outra parte
importante do gameplay são as batalhas. Throbreaker simula o combate e a guerra
através do sistema de Gwent, colocando exército contra exército (sendo os
exércitos representados por um deck de cartas). Existem quatro tipos de
batalha: normal, curta, quebra-cabeças e história. A normal é o tradicional
jogo de Gwent: três rodadas com um número limitado de compras de cartas e
seguindo as regras normais do jogo. Na batalha curta, é jogado apenas a última
rodada, geralmente com o deck normal do jogador. Já no quebra-cabeças, as
regras, e o deck, são especiais, sendo feitas de acordo com o quebra-cabeça em
questão. Por último, as batalhas de história podem ser normais ou curtas, mas, diferentemente
das batalhas normais, elas trazem elementos mais conectados à história, como
personagens e/ou resultados de escolhas passadas.
Uma batalha de quebra-cabeças. Neste caso temos que destruir todos os inimigos com as cartas disponíveis. |
As interações do
jogador com os personagens à sua volta também são essenciais para o sucesso de
Meve. A maioria das missões e batalhas dão escolhas, podendo ser de menor ou
maior importância. As de menor importância afetam recursos e o estado de ânimo
do exército (que pode ser neutro, negativo ou positivo. No negativo suas cartas
sofrem uma penalidade nos pontos de força e no positivo suas cartas recebem
bônus), mas importam muito pouco. No entanto, outras missões e batalhas afetam
fortemente a jornada e a história, podendo resultar em batalhas mais fáceis ou
difíceis ou até na saída de um personagem.
Uma batalha curta com a presença de um chefe inimigo. A numeração de força verde indica que o ânimo do exército é positivo. |
Visuais e áudio
Diferentemente
de The Witcher 3, Thronebreaker utiliza gráficos mais simples, mas não menos
polidos. A arte do jogo é mais estilizada, buscando passar a sensação de uma
história que está sendo contada por um narrador. Na visão isométrica e nos
diálogos com outros personagens temos cenários em movimento e cores vibrantes.
Nas cinemáticas e em algumas narrações/diálogos o visual muda para um estilo
mais estático, o que ajuda a dramatizar as escolhas, e consequências, do
jogador.
Aedirn em chamas |
O áudio muda
constantemente. Cada mapa/ambiente possui sua própria música/efeitos, bem como
em momentos importantes do jogo. As músicas seguem bastante a linha de The
Witcher 3 em relação ao ambiente, mas divergem nas músicas de combate, tendo
cada facção/exército seu próprio estilo (que também é aparente quanto ao
visual, lembrando bastante um campo de batalha que varia de acordo com a
situação). A grande maioria dos textos e diálogos são narrados, algumas vezes
por um narrador outras pelos próprios personagens.
Análise
Jogos de cartas
costumam ser uma experiência mais focada em multiplayer e na construção de
decks. Hearthstone, Magic: The Gathering, Elder Scroll Legends e o próprio
Gwent seguem essa receita. São jogos que vão em sentido contrário aos RPGs e
demais jogos singleplayer, onde a história e o crescimento do personagem são o
principal. No entanto, Thronebreaker: The Witcher Tales não segue 100% a
cartilha dos outros jogos de seu gênero. Com uma história envolvente, foco em
batalhas singleplayers e tendo na construção do deck uma alusão ao crescimento
dos personagens, o novo lançamento é um híbrido, possuindo tanto
características de RPG quanto as de um jogo de cartas tradicional.
Reynard Odo, a mão direita de Meve |
O deck de cartas
simula os soldados e equipamentos do exército de Meve, bem como as partidas de
cartas simulam os combates e batalhas na jornada em busca de vingança. E isso é
feito de uma maneira que, muitas vezes, dá para esquecer que se está jogando um
jogo de cartas. As batalhas mudam conforme o inimigo e a situação, podendo
variar de um cerco a uma cidade para um roubo (sim, a CDPR fez um roubo com o
sistema de Gwent). E não é somente o cenário que muda: a dinâmica do jogo e até
o próprio deck disponível também podem variar. O que eleva muito a percepção de
que estamos participando de uma longa jornada, e não apenas de um monte de
partidas de Gwent.
Meve e suas tropas defendem um forte contra os invasores |
Os personagens e
a história são outros pontos positivos. À medida que a história progride,
conhecemos mais a fundo os personagens e suas motivações, bem como sua
influência para o exército de Meve. Outro fator que ajuda muito a história são
as decisões que podem ser tomadas pelo caminho. Tendo bastante influência de
The Witcher, as escolhas, além de apimentar a história, também influenciam no
estado do mundo, podendo variar nos recursos disponíveis, na moral do exército,
no ganho ou perda de personagens (e suas respectivas cartas) e sobre qual será
a consequência para o mundo e para o reinado de Meve. Você consegue sentir o
peso de suas escolhas, e certamente se sentirá mal em muitas delas (em uma
delas me senti um completo desgraçado pelo que fiz).
Salvar o elfo ou deixa-lo sofrer a fúria da população? A escolha é sua. |
Os gráficos não
são do nível de The Witcher 3, mas são bastante bonitos e polidos, incluindo bons
efeitos de física. A arte dos cenários e dos personagens ajuda a dar uma
identidade para o jogo, tornando-o algo único e não uma expansão/modificação
travestida de jogo novo (algo que, infelizmente, vem sendo feito por muitas
desenvolvedoras). As músicas e efeitos sonoros também foram desenhadas
especialmente para o jogo, ajudando na imersão da história e das batalhas. Os
diálogos são incríveis, com direito a sincronização labial nas falas dos
personagens. Juntamente com a narração em terceira pessoa, os diálogos
transmitem as situações e emoções dos personagens, passando alegria, medo,
raiva e tristeza para o jogador.
Meve enfrentando a nevasca de Mahakan |
Um ponto
negativo quanto ao jogo é a exploração e busca de recursos. Apesar de render
muitas missões secundárias e Easter Eggs, a exploração torna-se bastante
repetitiva e monótona, já que basicamente você repete as mesmas ações e o
cenário, apesar de bonito e com muitas variações, não é muito interativo. Outra
reclamação é quanto à quantidade de interações com os personagens que, apesar de
densas e interessantes, foram poucas e mal aproveitadas.
Apesar de chata, a exploração tem pontos positivos, como a possibilidade de melhorar seu acampamento e seus soldados. |
Apesar dos
defeitos, Thronebreaker: The Witcher Tales é um jogo que merece ser jogado.
História incrível, batalhas divertidas, personagens carismáticos e cenários
empolgantes (apesar da chatice da exploração), tornam o jogo uma experiência
única. Além disso, você também poderá encontrar personagens dos livros, dos
games e também poderá desbloquear itens para Gwent. Se você gosta de The
Witcher e de Gwent, Thronebreaker é uma parada essencial. Uma brilhante joia no meio dos gigantes de 2018.
Thronebreaker:
The Witcher tales está disponível para PC na Steam e na GOG, e será lançado
para Xbox One e PS4 em 4 de dezembro.
There are additionally many different bonuses, such as Refer a Friend, Player of the Month, and much extra. Though sadly, the site doesn't supply a VIP or loyalty program. Despite only opening in 2017, Big Spin has managed to construct a powerful buyer base. We love reality that|the truth that} they area broad range|a variety} of gambling choices from Betsoft, certainly one of our favourite suppliers. If you opt to make 온라인 카지노 use of crypto, the bonus is even higher, maxing out at an incredible $7,500.
ResponderExcluir